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sábado, 16 de fevereiro de 2008

contra o fim do ensino especializado artistico em Portugal

isto é uma transcrição extraída da - Esquerda.net


O protesto contra a reforma do ensino público artístico chegou esta Sexta feira à porta do parlamento. Alunos de Música do Conservatório e vários artistas condenam a intenção da ministra de acabar com o regime de ensino supletivo, que permite aos alunos frequentar as disciplinas musicais no Conservatório e as do ensino geral numa escola à sua escolha.



Um dos fundadores do Movimento de Defesa do Ensino Artístico - MovArte, Tiago Ivo Cruz, fez as contas ao que se gasta no ensino artístico para mostrar o erro da reforma anunciada: "São 10 milhões do orçamento da Educação, uma pinga num oceano que tem um retorno fenomenal, os músicos em Portugal são muito produtivos, é uma indústria de 111 milhões de euros, é um investimento bastante pequeno com grandes repercussões, são 17 mil alunos que abastecem o mercado de profissionais de música".

Tiago Cruz diz que com esta reforma "acaba-se com o regime supletivo, cerca de 90 por cento dos alunos, acaba-se com a profissionalização de uma geração inteira de músicos profissionais em Portugal".

Opinião idêntica teve a deputada do Bloco que se dirigiu aos presentes numa intervenção muito aplaudida: "A ministra tem vindo a dizer que quer alargar a formação musical e inicial do primeiro ciclo, o que é uma coisa excelente, mas isso não pode significar fechar aquilo que é o ensino artístico especializado, os conservatórios", afirmou Ana Drago, que na véspera fizera uma declaração política no parlamento sobre o futuro do ensino artístico .

Mas o momento alto desta manif-concerto estava guardado para mais tarde, com os alunos do Conservatório a acompanhar a "Grândola Vila Morena" tocada por Mário Laginha, um antigo aluno do Conservatório que não quis deixar de estar presente para se opor à política da ministra para o ensino artístico: "Aquilo que vai acontecer é que o ensino especializado de música só será acessível àqueles que têm dinheiro. Ora, o que a ministra está a fazer, se não é mortal, é muito perto disso", afirmou Laginha.

Também o maestro Vitorino de Almeida esteve presente no protesto e deixou no ar uma questão para Maria de Lurdes Rodrigues: "Quem é que pediu à ministra da Educação para fazer estas reformas? os músicos não foram, os professores também não, os alunos estão aqui. Os pais? Não me parece", exclamou o maestro.



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